Segundo dia do Congresso Brasileiro da AND discute o papel da sociedade na defesa da vida no trânsito

Segundo dia do Congresso Brasileiro da AND discute o papel da sociedade na defesa da vida no trânsito

O trânsito é assunto urgente e a mudança de hábitos e atitudes se faz necessário para uma melhor convivência entre condutores, pedestres, ciclistas e passageiros. Pensando em explorar os desafios da mobilidade e debater sobre as responsabilidades de cada um, para uma melhora da segurança viária, o tema “O papel da sociedade na defesa da vida no trânsito” foi abordado nesta quinta-feira (3), último dia do Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos Detrans, em Foz do Iguaçu.
Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes estão ligados a falha humana, devido a desatenção dos condutores e o desrespeito à legislação. O número de vítimas no trânsito brasileiro é o maior do mundo, os acidentes de carro superam os casos de homicídios e câncer.
Para o especialista em Trânsito, Celso Mariano, a solução está nas mãos de cada um. “Os desafios da mobilidade vão muito além de boas leis e infraestrutura adequada. Nosso ir e vir vai mal. Faz mal. Precisamos de uma redenção. E que ela seja do tipo autossalvamento, porque um “salvador” não virá. A boa notícia? Há como fazermos isso, com certeza”.
A especialista em Planejamento Estratégico em Segurança no Trânsito, Márcia Pontes, acrescenta que é necessário um envolvimento da sociedade organizada com as instituições. “É um trabalho de infiltração, pois uma política pública para o trânsito não é só aquela feita pelo município e seu departamento de trânsito, mas que envolvam todos os setores e representantes da sociedade civil organizada”, explicou Márcia.
Durante a mesa de debates ela apresentou o “Programa de Humanização do Trânsito”, e os cinco pilares a serem trabalhados dentro da Política Nacional de Trânsito: priorizar a preservação da vida, da saúde e do meio ambiente; a educação contínua para o trânsito; promover o exercício da cidadania, incentivando o protagonismo da sociedade; estimular a mobilidade e a acessibilidade a todos os cidadãos; e, promover a qualificação contínua de gestão dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
As responsabilidades dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), também foram debatidos na mesa. Para a especialista Roberta Torres, os CFCs deveriam reavaliar o processo de formação.
“Acredito que o CFC é corresponsável e deve assumir a sua responsabilidade por um trânsito mais seguro indo além da formação dos condutores mas também atuando na educação para o trânsito e conscientização das pessoas”.
Segundo ela, é necessário trabalhar não apenas dentro das salas de aulas, mas promover para esses futuros motoristas dinâmicas que proporcionem um contato maior com a realidade do trânsito, como por exemplo, passeio ciclístico e participação em blitz educativas.
APOIO: O Congresso da Associação Nacional dos Detrans é realizado com o apoio do Governo do Paraná e do Departamento de Trânsito do Estado e tem o patrocínio da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg); Seguradora Líder, responsável pelo seguro Dpvat; ProSimulador; Triton; Quipux; Thomas Greg & Sons do Brasil; UTSCH Brasil; Valid; Itaú, Printech, Restart, Sanepar e Copel.

Compartilhar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Acessibilidade