AND participa do Seminário Políticas para o Trânsito Seguro de Motos

AND participa do Seminário Políticas para o Trânsito Seguro de Motos

É um número assustador: cerca de 30 pessoas morrem por dia devido a acidentes de motos no Brasil. Ao final do mês serão cerca de 900; até o dia 31 de dezembro se computará em torno de 11.000 mortos. A morte pode ser um detalhe, não fosse ela tão somente a parte mais trágica e cruel desses números.

Estes dados engrossam uma estatística que inclui milhões de reais em gastos públicos com o atendimento dos acidentados, outros tantos gastos na previdência social com aqueles que ficam sem trabalhar por causa dos acidentes e os danos materiais. Sem falar na dor da perda de entes queridos, de milhares de pais e filhos que ficarão sem o carinho e a presença de seus familiares.

A deficiência no processo de habilitação de motociclistas, o excesso de velocidade, a fadiga resultante de longas jornadas de trabalho, além do consumo de álcool e drogas e a desatenção ao conduzir a moto, são apontados como principais causas de acidentes.

Todos estes dados foram objetos de debate durante o Seminário “Políticas para o Trânsito Seguro de Motos”, realizado por convocação da Comissão de Assistência Social (CAS) do Senado, na manhã desta quinta-feira (13), no auditório Petrônio Portela. A Associação Nacional de Detrans (AND) se fez presente com uma representatividade de sua diretoria.

Segundo dados apresentados pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), de cada seis internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos no Brasil, quatro são de vítimas de acidentes com motos. “Morrem mais motociclistas do que pedestres e motoristas de outros meios de transporte. Isso é uma carnificina que precisa ser estancada”, afirmou a senadora Ana Amélia (PP-RS), que presidiu o seminário.  “É uma verdadeira epidemia”, emendou.

Além dos fatores apontados, o aumento da frota de motos no Brasil e o emprego desse tipo de veículo como transporte diário para o trabalho, contribuem para o aumento do número de acidente e o consequente número de vítimas do trânsito, e elas com sequelas gravíssimas.

Os dados indicam que 67% dessas vítimas são trabalhadores, que usam a moto como meio de transporte. “Quando se observa que muitos cidadãos estão utilizando as motos para se locomoverem para o trabalho isto é um indicativo de que o transporte coletivo na maioria das cidades brasileiras não está correspondendo às expectativas do cidadão”, observou a senadora.

O objetivo do seminário foi propor mudanças para reduzir os acidentes e estabelecer medidas socioeducativas. Para isto contou também com a presença de especialistas de vários órgãos governamentais e não-governamentais, parlamentares, representantes do governo e do setor e especialistas no tema.

Além da representação da AND, participaram representantes do Departamento Nacional de Trânsito; dos Sindicatos de Motociclistas Profissionais; do Ministério do Trabalho e Emprego; da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego; da Associação Médica Brasileira (AMB); da Federação Nacional das Auto Escolas Centro de Formação de Condutores (Feneauto); e um Consultor da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes do Ministério da Saúde.

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