Detrans debatem uso de bicicletas

Detrans debatem uso de bicicletas

O uso da bicicleta como modal de transporte foi discutido na reunião desta sexta-feira (20), no Encontro da Associação Nacional dos Departamentos de Trânsito (AND), em Brasília. A experiência de Pernambuco, com o programa “Pedala/PE” foi uma das iniciativas apresentadas e mostrou a preocupação dos Detrans com a demanda de infraestrutura, serviços e educação voltada aos ciclistas.

“O interesse pela bicicleta, como alternativa ao carro, tem crescido e é necessário que o poder público crie políticas específicas. Em Pernambuco, além das ações educativas, discutimos a criação de um plano diretor cicloviário”, destacou o diretor-geral do Detran/PE, Sebastião Marinho de Barros Filho.

BRASIL – Uma pesquisa recente, feita pela empresa Thinking Insight,em todo país,em janeiro deste ano, ouviu cerca de 2 mil pessoas em diferentes cidades brasileiras. O estudo faz parte do projeto Pedalando na Cidade, que tem como objetivo analisar o comportamento sobre o uso da bicicleta no Brasil.

Segundo o estudo, os adeptos desta modalidade de transporte esperam melhorias nas ciclovias. Para 97%, espaços exclusivos para bicicletas atrairão mais pessoas, já que muitos têm medo de pedalar na rua. Na avaliação de 81%, o maior problema decorre do comportamento de motoristas de ônibus e caminhões; 76% citaram, também, condutas de quem está nos automóveis e nas motos.

A falta de rotas seguras e bem estruturadas para ciclistas faz com que 64% das pessoas ouvidas pela pesquisa afirmar que não utilizam a bicicleta nos deslocamentos. E 77% dos que andam de bicicleta relataram que o alcance das ciclovias e ciclofaixas nas localidades em que vivem não atendem às necessidades da população.

A insegurança provocada pela criminalidade também preocupa: 37% das pessoas não costumam deixar as bikes em locais públicos, pois têm medo de furto, e 35% preferem deixá-las onde possam vê-las.

SERVIÇOS – O crescente uso das bicicletas exige atenção também de empresários do comércio e serviços. Conforme o levantamento, nove em cada dez ciclistas avaliam que os estabelecimentos comerciais não estão preparados para o modal. Faltam, por exemplo, paraciclos, suportes físicos em que a bicicleta pode ser presa.

Além disso, há uma demanda crescente por serviços e produtos relacionados ao hábito, que podem significar novas oportunidades de negócios. Dos entrevistados, 75% disseram que gostariam que os postos de gasolina oferecessem assistência e 64% falaram que gostariam de um serviço de seguradora, que pudessem prestar atendimentos diante de imprevistos.

“O cenário é uma oportunidade para que a bicicleta seja vista, cada vez mais, como alternativa para melhorar a mobilidade urbana, a saúde da população, reduzir os níveis de poluição e movimentar a economia”, avaliou o presidente da AND e diretor-geral do Detran Paraná, Marcos. Traad.

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